A endometriose é uma condição complexa que impacta a vida de milhões de mulheres em todo o mundo, caracterizada pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero. Essa doença pode causar uma variedade de sintomas, incluindo dor pélvica intensa, ciclos menstruais irregulares e dificuldades na fertilidade. Diante desse cenário, é fundamental que as pacientes conheçam as opções de tratamento disponíveis, que variam desde abordagens medicamentosas até intervenções cirúrgicas, visando aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Uma das opções mais relevantes no tratamento da endometriose é a cirurgia, especialmente em casos onde os sintomas são severos e não respondem adequadamente a medicamentos. A cirurgia para endometriose pode envolver a remoção de lesões endometriósicas, cistos ovarianos (endometriomas) e, em casos mais graves, a remoção parcial ou total do útero e dos ovários. A laparoscopia, uma técnica minimamente invasiva, é frequentemente utilizada para realizar essas intervenções, proporcionando recuperação mais rápida e menos complicações em comparação com a cirurgia aberta.
Além da cirurgia, as opções de tratamento podem incluir terapias hormonais, que visam regular os hormônios do ciclo menstrual e reduzir o crescimento do tecido endometrial, bem como medicamentos para controle da dor. Tratamentos complementares, como fisioterapia e acupuntura, também têm ganhado atenção por sua capacidade de ajudar a aliviar os sintomas. A escolha do tratamento ideal deve ser individualizada, levando em consideração a gravidade da doença, os sintomas apresentados e os objetivos reprodutivos da paciente.
Neste texto, aprofundaremos cada uma dessas opções, discutindo os benefícios e as limitações de cada abordagem, com o objetivo de proporcionar uma visão clara e abrangente sobre como gerenciar a endometriose de maneira eficaz. A conscientização sobre essas opções pode empoderar as mulheres a tomarem decisões informadas sobre sua saúde e bem-estar.
O tratamento da endometriose depende dos seguintes fatores:
- Idade,
- Gravidade dos sintomas,
- Gravidade da doença,
- Se a mulher deseja ter filhos.
Tratamento com hormônios
O tratamento habitualmente envolve a interrupção do ciclo menstrual.
Para isso, são usadas pílulas anticoncepcionais de modo contínuo, ou seja, sem pausas para menstruar.
Também podem ser usados progestagênios isolados, hormônios injetáveis , implantes ou DIU que libera progesterona.
Este tipo de terapia alivia a maioria dos sintomas da endometriose, mas não elimina os focos de endometriose ou as aderências causadas pela doença.
O tratamento hormonal também não reverte as alterações anatômicas que já ocorreram.
Tratamento com outros medicamentos
Considerados cada vez menos no tratamento da endometriose, os agonistas do GnRH vão impedir os ovários de produzir estrogênio.
Os principais efeitos colaterais incluem sintomas de menopausa, como ondas de calor, secura vaginal, alterações de humor e perda precoce de cálcio dos ossos, motivo pelo qual este tratamento não costuma ter duração por um tempo superior a 6 meses.
Cirurgia para endometriose
Uma vez confirmado o diagnóstico de endometriose, a laparoscopia pode ser utilizada para o tratamento das lesões.
Por ser uma cirurgia minimamente invasiva, mas ao mesmo tempo resolutiva, hoje é o tratamento de escolha quando uma cirurgia for indicada.
A laparotomia (corte no abdome) como opção terapêutica, raramente é indicada para o tratamento da endometriose.
Idealmente a cirurgia para endometriose deve retirar todos os focos da doença, ao invés de simplesmente cauterizar os focos de endometriose e desta forma minimizando as possibilidades de retorno da doença.
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.
Siga sempre as orientações do seu médico.
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