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Ressonância Magnética e Endometriose: saiba mais sobre o exame

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Ressonância Magnética

A ressonância magnética é um exame frequentemente solicitado para a avaliação das mulheres com suspeita de endometriose.

Neste texto destacaremos a importância da ressonância magnética nos diferentes tipos de endometriose e em algumas outras situações específicas.

A endometriose pode ser dividida em: superficial, ovariana e profunda. A ressonância magnética pode identificar a endometriose ovariana e a endometriose profunda.

A ressonância magnética possibilita uma avaliação completa da pelve, devido a aquisições de múltiplos planos, com excelente resolução anatômica e espacial.

Existem diferentes protocolos que o laboratório pode adotar para a realização do exame, dependendo do tipo de equipamento e indicação do exame.

Na maior parte das vezes, o exame consegue ser realizado em até 20 minutos e costuma ser bem tolerado pelas pacientes. O inconveniente mais comum é a sensação de claustrofobia e nestes casos é possível fazer o exame sob sedação.

Existem poucas contraindicações, as mais comuns incluem marcapassos e alguns dispositivos metálicos, especialmente os mais antigos, pouco comum em mulheres com suspeita de endometriose pela faixa etária em que se encontram.

As recomendações mais utilizadas para a realização da ressonância magnética direcionada para endometriose inclui:

  • Preparo intestinal utilizando laxativos via oral e dieta pobre em resíduos nas 24 horas que antecedem o exame;
  • Utilização de gel de ultrassom vaginal para avaliar se há acometimento da parede da vagina (em pacientes virgens não é utilizado);
  • Utilização de Buscopan® (antiespasmódico) endovenoso, para diminuir o movimento das alças intestinais, pois qualquer movimento gera artefatos na imagem e desta forma atrapalham a interpretação do exame. Outra finalidade é impedir contrações uterinas que poderiam de outra forma mimetizar doenças no útero como por exemplo a adenomiose.

O contraste endovenoso não influencia a interpretação do resultado na endometriose profunda para a maior parte das pacientes.

É recomendada a sua utilização para avaliação de endometriomas com áreas sólidas em seu interior e na avaliação de lesões uterinas e ovarianas suspeitas para câncer.

Endometriose ovariana e Ressonância magnética

A ressonância magnética é um método excelente para avaliação das lesões ovarianas com taxas de sensibilidade e especificidade acima de 95%.

Um radiologista com grande experiência consegue diagnosticar corretamente a maior parte dos endometriomas maiores que 1 cm.

Erros de interpretação não são comuns e quando acontecem é na diferenciação entre um corpo lúteo (cisto de ovulação) e um endometrioma, pois ambos apresentam um conteúdo composto de sangue.

O conteúdo do endometrioma é um sangramento mais antigo e a hemoglobina presente no interior do cisto está mais degradada, gerando um sinal um pouco diferente do endometrioma em uma das sequências na ressonância magnética.

Endometriomas raramente são tumores malignos. Os tumores malignos mais frequentes que acontecem no interior dos endometriomas são o tumor de células claras e o carcinoma endometrióide.

Estes tumores apresentam áreas sólidas com vascularização em seu interior (papilas vascularizadas).

Quando existe a suspeita de malignidade é importante a utilização do contraste endovenoso na ressonância magnética e na ultrassonografia utiliza-se o Doppler para detectar a vascularização.

Ressonância magnética demonstrando um endometrioma no ovário direito (seta azul)

Endometriose profunda e ressonância magnética

A endometriose profunda pode ser diagnosticada pela ressonância magnética, especialmente as lesões de médio e grande dimensões.

Os locais mais frequentemente acometidos pela doença são em ordem decrescente a região atrás do colo uterino (região retrocervical), incluindo os ligamentos útero-sacros, intestino, vagina e bexiga.

A maior dificuldade da ressonância magnética é a identificação de lesões de pequenas dimensões no peritônio e lesões intestinais pequenas.

Nestas situações a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal poderá fornecer estes diagnósticos.

Informações importantes em todo exame de ressonância magnética ou ultrassonografia com preparo intestinal é a identificação de todos os focos de endometriose com as respectivas medidas para o planejamento de uma eventual cirurgia ou para comparar as medidas entre os exames e avaliar a resposta ao tratamento clínico.

As lesões intestinais devem ser caracterizadas em três planos distintos, com porcentagem da circunferência acometida, camadas acometidas e distância da borda anal.

Endometriose profunda entre o útero e o reto, assinalada na seta branca. Imagem de ressonância magnética.

Qual exame é melhor para a pesquisa de endometriose? Ressonância magnética ou ultrassonografia com preparo intestinal?

Ambos os exames apresentam elevada acurácia na pesquisa da endometriose.

A vantagem da ressonância magnética é na avaliação de pequenos endometriomas, especialmente quando muito distantes do transdutor transvaginal, em mulheres com útero de grandes dimensões e na avaliação da endometriose no diafragma.

A vantagem do ultrassom transvaginal com preparo intestinal é a identificação de endometriose de pequenas dimensões, avaliação da endometriose intestinal e na identificação de aderências, por ser um método dinâmico.

Em abril de 2019 uma publicação científica demonstrou que a utilização simultânea dos dois exames na avaliação da pesquisa de endometriose pode gerar uma acurácia próxima de 100% para o diagnóstico. Link nas referências bibliográficas.

A Humanize Health é uma clínica que realiza o ultrassom transvaginal com preparo intestinal para pesquisa de endometriose, contando com profissionais qualificados. Agende e faça seu exame com especialistas.

Referências bibliográficas

Acurácia da ultrassonografia transvaginal versus ressonância magnética no diagnóstico da endometriose no retossigmóide: revisão sistemática e metanálise. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30964888.

Endometriose: características clínicas, achados de imagem por ressonância magnética e correlação patológica. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29450853/.

Classificação histológica de amostras de mulheres afetadas por endometriose superficial, endometriose profunda e endometriomas ovarianos. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19591996.

Diagnóstico por ultrassom de endometriose e adenomiose: estado da arte. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29506961/.

Ultrassonografia para Endometriose Profunda Infiltrativa e Ovariana. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28076877/.

Acurácia do Ultrassom Transvaginal para Diagnóstico de Endometriose Profunda no Retossigmoide: Revisão Sistemática e Meta-Análise. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26213903/.

Abordagem sistemática da avaliação ultrassonográfica da pelve em mulheres com suspeita de endometriose, incluindo termos, definições e medidas: uma opinião de consenso do grupo International de Analise da Endometriose Profunda (IDEA). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27349699/.

Sites com informações importantes e confiáveis em ginecologia e obstetrícia.

https://www.sogesp.com.br/

https://aagl.org

Texto escrito por Fernando Guastella – CRM: 112.601

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Conheça o Dr. Thiago Nóbrega

Formação

Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba (FCMPB).

Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Especialista em Endocrinologia Ginecológica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP).

Especialista em Reprodução Humana pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP).

Principais áreas de atuação:

– Doenças endócrino-ginecológicas: Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), irregularidade ou ausência da menstruação
– Contracepção (DIUs e Implante)
– Climatério e Menopausa
– Reposição Hormonal
– Reprodução Humana

Propósito

Contribuir para disseminação de informações e soluções para preservação da fertilidade, desmistificando tabus e preconceitos, permitindo melhor programação do futuro reprodutivo.

Ajudar pessoas com dificuldade de engravidar na caminhada desafiadora da infertilidade, de forma humana e empática, baseado nos pilares das melhores evidências científicas atuais.

Viabilizar para diversos grupos e modelos familiares, através da doação de gametas ou cessão uterina, o exercício da parentalidade e do amor genuíno.

Cuidar da saúde da mulher na transição entre a fase reprodutiva e não reprodutiva, momento repleto de desafios físicos e emocionais, atento à medicina baseada em evidências, que tem consolidado a Terapia Hormonal como ferramenta importante na manutenção do bem estar e da saúde óssea e cardiovascular da mulher no pós-menopausa.